De Quem É A Culpa? - Who is the Blame?

De Quem é a Culpa?

Há muita gente que culpa alguém ou alguma situação desfavorável para justificar sua infelicidade. É comum ouvirmos afirmações de que se pudessem mudar, tudo seria diferente, pois fariam de outro jeito aquilo que os desagrada.

Existem variadas situações difíceis, relacionamentos que chegam a ponto de agressões, familiares que complicam a vida dos outros componentes, empreendimentos fracassados, pessoas queridas com doenças incuráveis, enfim, há aqueles momentos dramáticos em que nós pensamos em fugir, desaparecer, ou, se pudéssemos, apenas ignorar.

No entanto não é assim. Há aquelas situações em que se tem mesmo é que enfrentar e procurar resolver de vez, ou pelo menos amenizar nossa dor. E, para isso, é preciso ser forte, determinado e perseverante. Há situações que perdura mais que se imagina.

Para esses momentos, o Criador nos concedeu as lágrimas. AH! Se não fossem as lágrimas, não sei o que seria de nós. Dizem que se não chorar, as lágrimas endurecem no peito e o coração fica duro.

E, então, nos tornamos pessoas frias, impermeáveis à dor do outro, sem compaixão. Felizmente, são raros aqueles que jamais choram ao ver o outro sofrer. Estes coitados, terão ainda muito que aprender da evolução do Espírito eterno que somos todos nós.

Por isso, Paulo de Tarso disse: "Eu tria que saber menos para sofrer menos". Portanto, pior que chorar é não ter sentimentos nem lágrimas para chorar.

Mas, exceto essas situações extremas de dor, no dia-a-dia de todos nós, há aqueles que pensam que deve haver algum culpado pelos seus fracassos e derrotas. Por ignorar as leis de Deus, procuram por todo lugar para descobrirem de quem é a culpa. Pensam estar o motivo em alguém ou em alguma coisa.

Jean-Paul Sartre, o filósofo que criou a escola individualista do pensamento, conhecida por existencialismo, certa vez escreveu: "O inferno são os outros".

Penso que, neste caso, Satre não está totalmente correto, pois os outros podem realmente complicar nossas vidas, mas a vida sem eles seria insuportavelmente desoladora. Isso porque nenhum ser consegue ser verdadeiramente humano em situação de isolamento.

O inferno não é os "outros". O inferno pode ser esse mundo que nos obriga a trabalhar até que nos estressemos e compliquemos o relacionamento, é o jogo de interesses que faz com que todos se olhem como adversários, ou olhar para o outro somente para ver o que ele pode fazer por nós, para tirar proveito dele. As pessoas ainda vêem o outro como objeto a ser explorado e, em seguida, descartado se já não lhe serve.

Enquanto se culpar o próximo pela nossa infelicidade, não se resolve o "inferno" astral que carregamos dentro de nós. É por ver defeitos que não suportamos, embora possamos tê-los em maior conta, que os outros se tornem motivo de infelicidade. Falta em muita gente a virtude da aceitação, que muitas vezes resolve situações quase insustentáveis.

Isso me faz lembrar de uma página que li na internet, cujo título é "Esquisito". É assim:

Não é esquisito que...

Quando o outro não faz é preguiçoso.

Quando você não faz é porque está muito ocupado.

Quando o outro fala é intrigante.

Quando você fala é crítica construtiva.

Quando o outro decide a favor de um ponto é cabeça dura.

Quando você o faz é porque está sendo firme.

Quando o outro fala sobre si mesmo é egoísta.

Quando você fala é porque precisa desabafar.

Quando o outro se esforça para ser agradável tem segunda intenção. Quando você age assim é gentil.

Quando o outro encara os dois lados do problema está sendo fraco.

Quando você o faz está sendo compreensivo.

Quando o outro faz alguma coisa sem ordem está se excedendo.

Quando você faz é por iniciativa.

Quando o outro progride é fruto de muito trabalho.

Quando o outro luta por seus direitos é teimoso.

Quando você faz é prova de caráter.

Realmente, é esquisito o jeito de pensar de algumas pessoas. Certa vez, eu ouvi dizer que a gente sofre por tudo aquilo que não aceitamos. Então, pude entender o quanto podemos evitar de sofrimento. Entendi que a gente sofre, pois queremos tudo perfeito...

Fonte: Livro: "Para Não Perder a Vontade de Viver" de Jamiro dos Santos Filho, Editora Mythos Books - pág. 41

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Who is the Blame?

A lot of people blame someone or some situation unfavorable to justify their unhappiness. You often hear claims that could change, everything would be different because it would any other way that displeases.

There are various difficult situations, relationships that come to the point of aggression, family that complicate the lives of other components, failed ventures, dear people with incurable diseases, finally, there are those dramatic moments in which we think about running away, disappear, or, if we could just ignore.

However it is not so. There are situations in which one has to face is the same and every tackle, or at least alleviate our pain. And for that, you need to be strong, determined and persevering. There are situations that lasts longer than you think.

For these moments, the Creator has given us tears. AH! If they were not tears, do not know what would become of us. They say if you do not cry, tears harden chest and the heart becomes hard.

And then we become cold, impervious to pain otherwise, without compassion. Fortunately, there are few who will never cry to see another suffer. These wretches, still have much to learn from the evolution of the eternal Spirit to all of us.

Therefore, Paul of Tarsus said: "I know that tria least to suffer less." So crying is worse than not having feelings or tears to cry.

But, except for these extreme situations of pain, day-to-day for all of us, there are those who think that there should be some blame for their failures and defeats. Why ignore the laws of God, looking everywhere to find out who is to blame. Think to be the reason for someone or something.

Jean-Paul Sartre, the philosopher who created the individualist school of thought known as existentialism, once wrote: "Hell is other people."

I think in this case, Satre is not entirely correct, because the others can really complicate our lives, but life without them would be unbearably bleak. That's because no being can be truly human in isolation.

Hell is not the "other." Hell may be the world that requires us to work until we estressemos and complicate the relationship, is the set of interests that makes everyone look as adversaries, or look the other way just to see what he can do for us to take advantage of it. People still see the other as an object to be exploited and then discarded if no longer serves you.

While blame for our unhappiness the next, does not resolve the "hell" astral we carry within us. It is to see defects that do not support, although we may have them in higher regard, others a cause of unhappiness. Lacking in many people the virtue of acceptance, which often resolves situations almost unsustainable.

This reminds me of a page I read on the internet, titled "Bizarre". This is how:

Is not that weird ...

When the other does not is lazy.

When you do not is because they're too busy.

When the other speaks is intriguing.

When you talk is constructive criticism.

When the other decides in favor of a point is headstrong.

When you do it is because it is firm.

When others talk about yourself is selfish.

When you speak is because you need to vent.

While the other tries to be nice is the second intention. When you act like this is nice.

When the other two sides face the problem is weak.

When you do it is understanding.

When the other does something without order is exceeded.

When you are on the initiative.

When the other progress is the result of hard work.

When the other fighting for their rights is stubborn.

When you do is test of character.

Really, it's weird the way some people think. I once heard that we suffer for what they do not accept. So I could understand how we can avoid suffering. I understand that we suffer because we want everything perfect ...

 

From the book: "For Not Losing the Will to Live" by Jamiro dos Santos Filho, Mythos Books Publisher - p. 41