O espírita e a política
Diz-se, em sociologia política, que política é a “arte de (bem) governar”. Idealmente, claro. E, não são poucas as vezes que, em conversas, reportagens ou palestras, ouvimos dizer que “cada povo tem o governo que merece”. Será mesmo? Vamos ver...
Este ensaio brotou do inconsciente para o plano material por causa de uma entrevista com uma deputada estadual de Santa Catarina, vinculada à religião evangélica. Mas como? Pastora e Deputada? É sim, leitor... Aliás, isto não é novidade, não é mesmo? Todavia, a sua estupefação deve ser a mesma que me invade: o Cristo não falou que não se poderia servir a dois Senhores? Pois é... Mas, dá-se um jeitinho, como de costume neste país...
Mas não viemos para criticar. Porque partilhamos do conceito de que as coisas são neutras, em sua essência original e o homem - ser inteligente - as aproveita como melhor lhe convier. Por isso, as instituições, as organizações, as funções, cargos e, também, os mandatos políticos são necessárias para a vida social e alguém tem que representar o povo, mormente no poder legislativo.
Deste modo, o que fazem os evangélicos? Usam a sua força associativa (ou corporativa) e, tendo por base o número de “fiéis” que acodem aos templos, indicam-lhes o(s) candidato(s) para defender(em) seus interesses nos diversos planos da ação política, para, mais à frente, obterem vantagens, na defesa de questões materiais ou ideológicas de conformidade com os preceitos e argumentos de crença que professam.
E o que fazem os espíritas?
Via de regra, vivem no romantismo de que “religião é coisa do plano espiritual e, portanto, não se coaduna com as manifestações materiais”, como já ouvimos aqui e alhures. Muito nobre! Realmente, não se misturam: vivem em planos paralelos, lado a lado, porque, meu amigo, tente você viver uma vida totalmente “espiritualizada”. Vai viver de quê? Vai morar aonde? Vai se alimentar de que maneira? Estou racicalizando? Pode ser... Mas, mesmo em se tratando de Centros Espíritas, quem é que paga as contas de água, luz, material de limpeza e conservação? Os Espíritos Superiores? Claro que não!
Ora, companheiros, o Espiritismo compreende os ideais de renovação da humanidade, através da transmissão de corretas informações àqueles que tiverem “ouvidos para ouvir e olhos para ver”. Só que não se faz Espiritismo apenas e tão-somente no interior das Casas Espíritas. Para tornar-se crença comum, como afiançado pela Falange da Verdade a Kardec, a Doutrina precisa ganhar as ruas, não pela pregação e doutrinação, mas pela presença (ativa) de seus adeptos e divulgadores nos diversos cenários da vida humana. Participando, não se esquivando, com a desculpa de que tudo evoluirá, um dia...
E, ficamos esperando... Enquanto este dia não vem, os outros ocupam os espaços, defendem suas formas (restritas e, quase sempre, incorretas) de ver o mundo, a vida, os homens. A visão espírita precisa, pelo menos, ser apresentada, exposta, defendida. Na atuação parlamentar, é necessária a presença de criaturas comprometidas com a filosofia espírita para disseminarem (novas) idéias naqueles meios. Inicialmente, de forma minoritária; depois, ganhando adeptos aqui e ali, pela repetição dos conceitos e a força do exemplo, que contagia, arrasta.
Quem sabe, então, já no próximo pleito, no ano que vem, possamos, pelo menos, ter oportunidade de escolher - entre as opções existentes - candidato(s) espírita(s), para darmos prosseguimento à tarefa de reformulação social. Ou, você não acredita nisso?
Este ensaio brotou do inconsciente para o plano material por causa de uma entrevista com uma deputada estadual de Santa Catarina, vinculada à religião evangélica. Mas como? Pastora e Deputada? É sim, leitor... Aliás, isto não é novidade, não é mesmo? Todavia, a sua estupefação deve ser a mesma que me invade: o Cristo não falou que não se poderia servir a dois Senhores? Pois é... Mas, dá-se um jeitinho, como de costume neste país...
Mas não viemos para criticar. Porque partilhamos do conceito de que as coisas são neutras, em sua essência original e o homem - ser inteligente - as aproveita como melhor lhe convier. Por isso, as instituições, as organizações, as funções, cargos e, também, os mandatos políticos são necessárias para a vida social e alguém tem que representar o povo, mormente no poder legislativo.
Deste modo, o que fazem os evangélicos? Usam a sua força associativa (ou corporativa) e, tendo por base o número de “fiéis” que acodem aos templos, indicam-lhes o(s) candidato(s) para defender(em) seus interesses nos diversos planos da ação política, para, mais à frente, obterem vantagens, na defesa de questões materiais ou ideológicas de conformidade com os preceitos e argumentos de crença que professam.
E o que fazem os espíritas?
Via de regra, vivem no romantismo de que “religião é coisa do plano espiritual e, portanto, não se coaduna com as manifestações materiais”, como já ouvimos aqui e alhures. Muito nobre! Realmente, não se misturam: vivem em planos paralelos, lado a lado, porque, meu amigo, tente você viver uma vida totalmente “espiritualizada”. Vai viver de quê? Vai morar aonde? Vai se alimentar de que maneira? Estou racicalizando? Pode ser... Mas, mesmo em se tratando de Centros Espíritas, quem é que paga as contas de água, luz, material de limpeza e conservação? Os Espíritos Superiores? Claro que não!
Ora, companheiros, o Espiritismo compreende os ideais de renovação da humanidade, através da transmissão de corretas informações àqueles que tiverem “ouvidos para ouvir e olhos para ver”. Só que não se faz Espiritismo apenas e tão-somente no interior das Casas Espíritas. Para tornar-se crença comum, como afiançado pela Falange da Verdade a Kardec, a Doutrina precisa ganhar as ruas, não pela pregação e doutrinação, mas pela presença (ativa) de seus adeptos e divulgadores nos diversos cenários da vida humana. Participando, não se esquivando, com a desculpa de que tudo evoluirá, um dia...
E, ficamos esperando... Enquanto este dia não vem, os outros ocupam os espaços, defendem suas formas (restritas e, quase sempre, incorretas) de ver o mundo, a vida, os homens. A visão espírita precisa, pelo menos, ser apresentada, exposta, defendida. Na atuação parlamentar, é necessária a presença de criaturas comprometidas com a filosofia espírita para disseminarem (novas) idéias naqueles meios. Inicialmente, de forma minoritária; depois, ganhando adeptos aqui e ali, pela repetição dos conceitos e a força do exemplo, que contagia, arrasta.
Quem sabe, então, já no próximo pleito, no ano que vem, possamos, pelo menos, ter oportunidade de escolher - entre as opções existentes - candidato(s) espírita(s), para darmos prosseguimento à tarefa de reformulação social. Ou, você não acredita nisso?
Marcelo Henrique Pereira, Doutorando em Direito
Fonte: Nova Era
Tradução para a língua Inglesa: Luiz Carlos Costa (Mantedor do Blog Amor Fraternal)
The spiritualist and politics
It is said in political sociology, politics is the "art of (well) rule." Ideally, of course. And there are few times that not, in conversations, stories or lectures, we heard that "every people has the government it deserves." Really? Let's see ...
This unconscious sprang to test the material plane because of an interview with a state representative of Santa Catarina, linked to evangelical religion. But how? Pastor and Mrs? It is, reader ... In fact, this is nothing new, is not it? However, their astonishment must be the same that invades me, Christ did not say we could not serve two Lords? Yeah ... But give it a little way, as usual in this country ...
But we did not come to criticize. Because we share the concept that things are neutral in its original essence and the man - be smart - the advantage as best suits you. Therefore, institutions, organizations, functions, positions and also political mandates are necessary for social life and someone has to represent the people, especially in the legislature.
Thus, they do evangelicals? Use their associative strength (or corporate) and, based on the number of "believers" who come to the temples, show them the (s) candidate (s) to defend (in) their interests in the various plans of political action, for, further, obtain advantages in the defense of material or ideological issues of compliance with the rules and belief arguments they profess.
And what do the spiritualists?
As a rule, live in romanticism that "religion is a thing of the spirit and therefore not in line with the material manifestations", as we have heard here and elsewhere. Very noble! Really, do not mix: live in parallel planes, side by side, because, my friend, you try to live a life completely "spiritual". Will live for what? Will live where? Will feed in what way? I'm racicalizando? It could be ... But even when it comes to Spiritualist Centers, who is paying water bills, electricity, cleaning supplies and conservation? The High Spirits? Of course not!
Now, comrades, Spiritualism comprises the ideals of renewal of humanity, through the transmission of accurate information to those who have "ears to hear and eyes to see." Except that not only does Spiritualism and solely within the Spiritualists houses. To become common belief, as secured by the Falange of Truth to Kardec, the Doctrine need to take to the streets, not by preaching and indoctrination, but by the presence (active) of its adherents and publishers in different scenarios of human life. Active, not dodging, with the excuse that all evolve, one day ...
And we waited ... While this day does not come, others occupy the spaces, defend its forms (restricted and almost always incorrect) to see the world, life, men. The spiritualist vision needs at least be presented, exposed, defended. In parliamentary action, the presence of creatures committed to spiritual philosophy to disseminate (new) ideas in those media is required. Initially, a minority basis; then gaining adherents here and there, by the repetition of concepts and the force of example, which infects, drag.
Who knows, then during the next election, next year, we can at least have the opportunity to choose - between the options - candidate (s) Spiritualist (s) to give continuation to the task of social makeover. Or, you do not believe that?
Marcelo Henrique Pereira, PhD in Law
Source: New Age
Translation of the English language: Luiz Carlos Costa (Maintainer Blog Brotherly Love)
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