sábado, 13 de abril de 2013

Aparições no Momento da Morte:Parte II - Appearances at the Moment of Death: Part II




Vamos hoje referir casos nos quais as aparições dos mortos são percebidas unicamente pelo moribundo e referem-se a pessoas cujo falecimento era por ele conhecido.

As pessoas mais distraídas facilmente dirão que se tratam de alucinações as descrições que os moribundos muitas vezes fazem, de seres conhecidos, já falecidos, que eles dizem estarem ali no momento da morte. No entanto, a investigação e uma análise mais cuidada do assunto, por parte de investigadores conceituados, mostra-nos o contrário. Diz Ernesto Bozzano , investigador e escritor ilustre, italiano, que «...se o pensamento, ardentemente voltado para as pessoas caras, fosse a causa determinante dos fenómenos, o moribundo, em lugar de experimentar exclusivamente formas alucinatórias representando defuntos – por vezes, mesmo, defuntos esquecidos pelo doente – deveria ser sujeito, as mais das vezes, a formas alucinatórias representando pessoas vivas às quais fosse vivamente ligado – o que não se produz... São bem conhecidos casos de agonizantes que têm tido visões de fantasmas que se crê sejam de pessoas vivas; mas, nesses casos, verifica-se invariavelmente, em seguida, que essas pessoas tinham morrido pouco antes, posto que nenhum dos assistentes nem o próprio doente o soubessem»(1)
São bem conhecidos casos de agonizantes que têm tido visões de fantasmas que se crê sejam de pessoas vivas; mas, nesses casos, verifica-se invariavelmente, em seguida, que essas pessoas tinham morrido pouco antes, posto que nenhum dos assistentes nem o próprio doente o soubessem
Refere ainda Ernesto Bozzano: «... Já citei um facto (VIII Caso), no qual o moribundo, percebendo aparições semelhantes, exclama:
- Como! Mas são pessoas como nós! – Sobre o que o narrador observa: “ Provavelmente ele sentia a imaginação cheia das imagens habituais dos anjos alados e das harpas angélicas; por consequência, nada mais provável que no último momento haja exprimido surpresa, vendo que os mortos que o vinham acolher tinham o aspecto de “pessoas como nós”. Contarei mais adiante (XXIV caso) um terceiro episódio concernente a uma menina de 10 anos, que, por seu turno, manifesta admiração vendo “anjos sem asas”. Ora, esses incidentes apresentam um valor probante real, pois que os fantasmas alucinatórios, como se sabe, tomam formas correspondentes às ideias que se têm figurado, anteriormente, na mentalidade do doente, e não podia ser de outra maneira. Resulta daí que, se a ideia dos anjos alados (de que temos ouvido falar por nossa mãe durante nossa infância e de que mais tarde lemos a descrição na Bíblia e vemos centenas de vezes representada nos quadros de assuntos religiosos), se tivesse gravado nas vias cerebrais do doente, este deveria supor estar vendo anjos com asas. Ora, como vimos nos casos narrados, os moribundos, dominados por essa ideia preconcebida, perceberam fantasmas cuja aparência era contrária á ideia em questão; devemos, pois, concluir que, nas circunstâncias descritas, se trata de aparições verídicas de fantasmas de defuntos e não de alucinações patológicas.» (1)
Caso do moribundo que vê fantasmas de defuntos desconhecidos mas conhecidos da família
Vamos ver um caso de um moribundo que vê fantasmas de defuntos que não conhece, se bem que fossem eles conhecidos dos de sua roda, o que elimina a hipótese da auto-sugestão. (extraído do “Journal of The American Society for Psychical Research, 1907, p-47)
«...Fui encontrar uma senhora, cujo filho, uma criança de 9 anos, morrera há 15 dias. Tinha sido operado de apendicite, dois ou três anos antes e a operação provocara uma peritonite, de que se tinha, no entanto, curado. Mas ficou de novo doente e foi preciso transportá-lo ao hospital para nova operação. Quando acordou da anestesia, estava perfeitamente consciente, reconheceu os seus pais, o médico e a enfermeira. Teve, no entanto, o pressentimento de morrer e pediu à sua mãe que lhe segurasse a mão até à hora de se ir embora... Olhando para o alto, disse:
- Mãe, não vês lá em cima a minha irmãzinha?
- Não, querido, onde a vês tu?
- Aqui; ela olha para mim.
Então a mãe para acalmá-lo, assegurou-lhe que a via também. Algum tempo depois, a criança sorriu de novo e disse:
- Quem está agora é a Sra. C...., que também vem ver-me. (Era uma senhora de quem ele gostava muito e que tinha morrido dois anos antes). Ela sorri e chama-me...
- Chega também Roy. Eu vou com eles, mas não te queria abandonar, mãe, e tu virás em breve ter comigo, não é? Abre a porta e pede-lhes para entrar. Eles estão á espera do lado de fora. E assim dizendo, expirou.
Ia esquecendo a mais importante visão: a da avó. Enquanto a mãe lhe segurava a mão, ele diz:
- Mãe, tu tornas-te cada vez menor; estás sempre com a minha mão presa? A avó está aqui comigo e é muito maior e mais forte que tu, não é?...» (in “Fenómenos Psíquicos no Momento da Morte”, Ernesto Bozzano, FEB, 3ª edição, 1982).
Neste caso foi confirmado que o pequeno de 9 anos, falecido, nunca tinha visto a avó, morta 4 anos antes do seu nascimento, e Roy era um seu amigo morto um ano antes.
Na próxima semana abordaremos outro tipo de manifestações, recomendando a leitura do livro acima referido, que contém casos catalogados, bem interessantes.
(1) “Fenómenos Psíquicos no Momento da Morte”, Ernesto Bozzano, FEB, 3ª edição, 1982

José Lucas

(Série de seis artigos reproduzidos com autorização da ADEP e dispostos de forma contínua para mais fácil estudo)

________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Let us now refer to cases in which the apparitions of the dead are perceived only by dying and refer to people whose death he was known.

People more distracted easily say that these are hallucinations descriptions that often make the dying of beings known, now deceased, who say they were there at the time of death. However, research and more careful analysis of the subject by reputable researchers, shows us otherwise. Ernesto says Bozzano, researcher and writer illustrious Italian, that "... if the thought, earnestly facing those guys, was the determining cause of the phenomena, the dying, instead of hallucinatory experience exclusively representing deceased ways - sometimes even dead forgotten by the patient - should be subject, most often, the hallucinatory forms representing people alive which was strongly connected - which does not happen ... Are well known cases of agonizing views that have been believed to be ghosts of living persons, but in these cases, there is invariably then those persons who had died shortly before, since none of the workers nor the patient himself the know '(1)
Are well known cases of agonizing views that have been believed to be ghosts of living persons, but in these cases, there is invariably then those persons who had died shortly before, since none of the workers nor the patient himself the know
Ernesto Bozzano also notes: "... I have already quoted a fact (Case VIII), in which the dying person, seeing apparitions similar exclaims:
- How! But are people like us! - About the narrator observes: "Probably he felt the imagination full of the usual images of winged angels and angelic harps, therefore, nothing more likely that at the last moment there expressed surprise, seeing that the dead who had come to welcome the aspect of "people like us". I will tell later (XXIV case) a third episode concerning a 10 year old girl, who, in turn, expresses admiration seeing "angels without wings." However, these incidents have a real probative value because the hallucinatory ghosts, as you know, take forms corresponding to ideas that have figured previously in the mentality of the patient, and could not be otherwise. It follows that, if the idea of ​​winged angels (that we heard our mother during our childhood and later we read the description in the Bible hundreds of times and we see represented in the paintings of religious subjects), had recorded routes brain of the patient, this would assume seeing angels with wings. As we have seen in the cases narrated, the dying, dominated by this preconceived idea, realized ghosts whose appearance was contrary to the idea in question, we must therefore conclude that, in the circumstances described, it is veridical apparitions of ghosts of the dead and not of pathological hallucination. '(1)
If the dying man who sees ghosts of dead unknown but known family
Let's see a case of a dying man who sees ghosts of the dead who do not know, though they were known to his wheel, which eliminates the possibility of auto-suggestion. (Taken from the "Journal of The American Society for Psychical Research, 1907, p-47)
"... I find a lady whose son, a child of 9 years, died 15 days ago. Had been operated for appendicitis, two or three years earlier and the operation had caused a peritonitis, which had, however, cured. But again became ill and had to transport him to the hospital for new operation. When he awoke from anesthesia, was perfectly conscious, acknowledged their parents, the doctor and nurse. There was, however, a feeling of dying and asked his mother to hold her hand until time to go ... Looking upward, said:
- Mother, do not you see up there my little sister?
- No, dear, where do you see?
- Here, she looks at me.
Then the mother to calm him, assured him that way too. Some time later, the child smiled again and said:
- Who is Mrs. C. is now ... which also comes to see me. (She was a lady whom he loved and who had died two years earlier). She smiles and calls me ...
- Enough also Roy. I'm going with them, but do not want to leave, mother, and thou shalt come to me soon, right? Open the door and asks them to enter. They are waiting outside. And so saying, expired.
Almost forgot the most important vision: a grandmother. While the mother held him by the hand, he says:
- Mother, thou you become ever smaller, you're always stuck with my hand? Grandma is here with me and it is much bigger and stronger than you, is not it? ... "(In" Psychic Phenomena at the Moment of Death, "Ernesto Bozzano, FEB, 3rd edition, 1982).
In this case it was confirmed that the little 9 year old, who died, had never seen her grandmother, who died four years before his birth, and his friend Roy was a dead one year before.
Next week we discuss other manifestations, and recommended reading the book mentioned above, containing cases cataloged, very interesting.
(1) "Psychic Phenomena at the Moment of Death," Ernesto Bozzano, FEB, 3rd edition, 1982

Joseph Lucas

(Series of six articles reprinted with permission from ADEP and displayed continuously for easier study)




Nenhum comentário:

Postar um comentário